2020
17
Apr

EconomiaFinançasPolíticaSaúde

GOVERNO PRETENDE PAGAR ¥100.000 PARA CADA PESSOA COMO AJUDA

O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, decidiu alterar o projeto de orçamento suplementar para permitir pagamentos em dinheiro a todos os cidadãos, disse uma autoridade do governo, enquanto a pandemia de coronavírus avança na terceira maior economia do mundo.

De acordo com o atual plano de orçamento suplementar, o governo pretendia pagar 300.000 ienes, mas apenas para famílias cuja renda é considerada afetada pelo coronavírus.

A administração de Abe mudará o plano e, em vez disso, pagará 100.000 ienes para cada cidadão.

A mudança seria um aceno para os crescentes pedidos dos legisladores da oposição para que Abe adotasse medidas mais ousadas para amenizar o impacto econômico do coronavírus como entregar mais dinheiro a mais pessoas.

O Fundo Monetário Internacional, que espera que a economia do Japão retraia 5,2% este ano, instou o governo a aumentar os gastos fiscais e a se concentrar em facilitar o crescimento.

“No curto prazo, é necessária uma política fiscal expansionista para mitigar o impacto da COVID-19 no curto prazo e apoiar a recuperação posteriormente”, disse Odd Per Brekk, vice-diretor do departamento de Ásia e Pacífico do FMI.

Os crescentes casos de coronavírus e o fechamento de negócios estão pressionando a economia do Japão, que está à beira da recessão.

Fontes disseram que o Banco do Japão deve projetar uma contração econômica para este ano fiscal e discutir outras medidas para aliviar as tensões de financiamento corporativo em sua revisão de taxas nos dias 27 e 28 de abril.

O projeto de orçamento suplementar, compilado para financiar um pacote de estímulo de quase US$ 1 trilhão, que o governo de Abe divulgou na semana passada, precisa da aprovação do parlamento para entrar em vigor.

É raro o governo fazer alterações em um projeto de orçamento, que é cuidadosamente mapeado pelo ministério das finanças, levando em consideração os vários pontos de vista dos políticos.

Qualquer modificação desse tipo enfatizaria o desafio que Abe enfrenta ao lidar com o crescente custo econômico da pandemia, sem acrescentar muita pressão às finanças já desgastada do Japão.

©REUTERS

 
Comment are closed.